terça-feira, 14 de setembro de 2010

REI SALOMÃO - TEMA 02

Interesses da Rainha de Sabá
A rainha de Saba, seguramente, pertencia à cultura negra, independentemente de seus antecedentes raciais, porque sua atitude de deslocar-se para Jerusalém para ver se conseguia os segredos mágicos de um deus estrangeiro poderoso, é tipicamente expressiva da mentalidade que todavia ostentam os africanos com relação aos deuses estrangeiros. Os estudam, experimentam seu "poder" e se julgam que são efetivos, sem mais, os incorporam a seu panteão. Dali a insistência da rainha de Saba em interrogar a Salomão e seu ficar atônita pelas respostas e efetividade do que era conseguido no "Templo" com os ritos e "sacrifícios" que ali eram empregados. Que tipo de cerimônias podiam produzir prodígios que deixaram atônita a rainha? Não é muito difícil intuí-lo, vista a fama de grande feiticeiro e bruxo que Salomão deixou à posteridade, sem faltar à sua memória de "grande rei bíblico".
O agradecimento em ouro, especiarias e pedras preciosas que a rainha deixou por ter sido "instruída" nos mistérios do todo-poderoso Senhor seria uma ingenuidade supor que foi pago a lições teológicas. Foi para conhecer a um "grande senhor da palavra" e para aprender sua arte de "obter poder e prosperidade" com o auxílio de um "grande deus". De passagem, Salomão aproveitou para encontrar-se também com algum deus que completasse sua coleção, pois a rainha não ia sem nenhum, obviamente; seguro que em seu séquito figuraria algum "competentíssimo" senhor da palavra, dono de fórmulas desconhecidas no hemisfério boreal, de forma que o concílio ecumênico de "alta sabedoria" deve ter resultado sumamente satisfatório para os participantes de ambas as latitudes.

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